Sobre o amor

26/05/2020

Sobre o amor

Uma das coisas que mais nos movem e nos fazem querer construir a vida é o sentimento do amor.

Existem várias formas de amor e várias formas da construção desse sentimento, como também existem várias fantasias em torno do que ele é.

Primeiramente vamos diferenciar o amor da paixão.

A paixão vem de forma repentina e faz com que a pessoa fique em um estado de desejo constante em estar com o outro. Ela só pensa no outro, as vezes fica sem comer, sem dormir naquele estado de expectativa e de sonho. Na verdade, a pessoa quando se apaixona, se apaixona pela imagem que ela cria do outro. Não é real. A paixão acaba quando o real do que o outro é começa a chocar com a idealização e da mesma forma que chegou, ela vai embora.

Aí entra a questão: sair da paixão abre caminho para o amor?

Quando não existe mais a idealização e estamos diante do real, temos duas opções: sair da relação ou aprender a amar o outro.

O aprendizado do amor é estar na relação apesar das limitações da outra pessoa, apesar dos defeitos. É aprender o convívio com esse lado "ruim" e aceitar a existência dele, negociando e chegando em combinados que respeitem os dois lados.

Victor Hugo fala: a suprema felicidade da vida é a convicção de sermos amados pelo que somos, ou mais exatamente, apesar do que somos.

E o amor só é possível no " apesar de", o amor é aceitar o outro do jeito que ele é.

A relação genuína passa por conhecer os defeitos e lidar com eles.

Outra questão importante na construção da relação é assumir uma postura ativa na sua construção. Ao invés de ficar na espera do ser amado, esperando receber do outro, é doar-se. É amar. Cuidar da pessoa, criar momentos e assim incentivar o outro a fazer isso. Essa construção requer investimento, como toda relação e ao agir ativamente em sua construção estamos colaborando para um sucesso. Como também devemos pensar dessa forma na manutenção. Temos que pensar não somente em sermos amados, mas também em amar.