Sobre a inferioridade

29/05/2020

Para falar sobre a inferioridade precisamos entender sobre a auto estima. Vivemos e crescemos em uma sociedade onde a crítica e a comparação tem o espaço de uma voz absoluta. Crescemos assim, sem ter muito espaço para o amor próprio. Criamos dentro de nós um tribunal que avalia nossos atos e nos julga constantemente.

E é daí que surgem nossos problemas: pensamentos julgadores. É como se carregássemos uma mala catalogada com nosso passado, nossos erros e defeitos e nos culpássemos constantemente por eles.

Sabe-se hoje que toda destrutividade humana, violência nas relações, desvios de conduta, uso de drogas tem origem na falta de amor próprio.

Uma pessoa com auto estima elevada está predisposta a uma vida construtiva e voltada para o desenvolvimento de suas potencialidades.

Já quem não vê valor em si mesmo vive o derrotismo, a acomodação e até mesmo a depressão.

A auto estima é aceitar e apreciar nosso valor enquanto pessoa, com seus erros e defeitos e também com suas virtudes e possibilidades.

O sentimento de inferioridade tem origem na tendência aprendida no decorrer da vida e muito alimentada na sociedade competitiva que vivemos: a não aceitação de nossos limites como humanos e a não aceitação da nossa singularidade.

Existe uma necessidade de padronização cultural na sociedade que nos tira de um entendimento primordial: somos seres únicos. Nunca existiu e nem existirá ninguém igual a outra pessoa. Estamos aqui para nos construirmos e sermos melhores que nós mesmos. Uma construção de pouco a pouco, a cada dia.

O sentimento de superioridade ou inferioridade só pode existir por um processo de comparação. Será sempre "melhor que, ou pior que". E assim continuaremos a perder nossa energia que poderia estar focada em desenvolver nossas potencialidade ao invés de tentar ser melhor ou mais que o outro.
A escolha é nossa: desperdiçar nossa energia ou usá-la para construir a nós mesmos!