Mudanças
Mudanças
Mudar pode significar um novo jeito de encarar a vida e não necessariamente algo negativo.
Como somos muito apegados a tudo, temos tendência de enxergar a mudança como perda ao invés de oportunidade.
O mudar pode ser um novo ciclo que inicia e tira a gente de posturas e condicionamentos antigos que podem ser remodelados para o agora.
A acomodação em muitos casos cria teias apoiadoras e mesmo não sendo aquilo que traz realização, nos mantém em algum referencial. É como se fosse aquela história: eu tenho um papel determinado na vida, mesmo que não seja algo bom, me dá um lugar para existir. E pior, eu tenho um papel que nem sei se é algo que escolhi e muito menos se eu quero isso.
Nosso medo de mudança faz com que as coisas permaneçam em um morno eterno, acalentadas pelo apego, onde deixamos de ter voz.
E sem voz, vamos tentando adaptar o mundo interno à situação de acomodação e assim matamos nossa capacidade de sonhar.
Para construir nossa história e escrever nosso querer precisamos desacomodar.
O primeiro passo é entender que mudanças podem ser boas e nos reconectarem à nossa essência.
Aí entram os questionamentos: o que eu quero? Qual são meus sonhos? E como consigo conciliar eles com minha realidade?
De pouco em pouco podemos traçar estratégias para que essa voz interna comece a ser escutada e assim traçar planos para a realização.
Então é hora de separar o que internamente deve ser mantido, que nos traz força e nos traz esperança e quais das nossas questões estamos levando para todos os lugares como roupas velhas e mofadas. Roupas que não usamos mais.
Mudar significa também elaborar velhas culpas e dizer- lhes adeus. Entregar a Deus, desapegar.
Muitos dos apegos que mantemos são dores de um passado que já não faz sentido e que, em muitos casos fala de uma pessoa que já não existe mais. O passar do tempo nos traz novas versões de nós mesmos. E é preciso deixar ir embora o que já passou.
Libertar- se do velho é criar espaço para o novo. É criar lugar para a construção de uma mudança e de uma forma de existir mais inteira!